Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 29-34, set./dez. 2010
Jeanne Maria Melo de Matos
Faculdade Leão Sampaio
Odontologia 106.1
Revisão sistemática sobre o uso de células-tronco mesenquimais em terapias de perdas ósseas
Artigo 8 - gincana
Ficha de resumo
O tratamento de defeitos ósseos extensos advindos de traumas ou patologias constitui um desafio para a regeneração tecidual, em especial para cirurgia craniomaxilofacial e ortopédica. Estas células possuem capacidade de auto-renovação e diferenciação múltipla, vistas como reservatórios presentes no corpo humano até que, sob estímulos locais, haja mobilização e direcionamento ao reparo ósseo.
O crescimento acelerado das publicações sobre CTM e reparo ósseo é estimulado pela busca por melhor qualidade de vida, em especial para a considerável população mundial idosa, e encorajado pelo aprimoramento tecnológico e maior investimento dos países em pesquisas de ponta. Adicionalmente, o quadro alarmante de edentulismo no Brasil se tornou um problema de Saúde Pública, com uma grande demanda populacional carente de reabilitação oral, e constitui hoje prioridade do Sistema Único de Saúde os tratamentos odontológicos restauradores.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamenta a coleta, o transporte e o armazenamento de células-tronco humanas em biobancos, assim como o seu controle de qualidade e a sua utilização destinada à pesquisa clínica e terapia.
Esta modalidade terapêutica mostra segurança biológica, embora a superação da barreira imunológica interespecífica no caso de xenotransplantes de CTM seja um desafio. Não foram verificados casos de malignidade; CTM normais expressam genes inibidores de tumorigênese em escala significantemente maior do que os promotores deste processo.
Entretanto, existem poucas investigações a longo prazo em humanos, que devem ser conduzidas para melhor compreender sua efetividade e distribuição após implantação.
As células-tronco mesenquimais têm sido amplamente estudadas em pesquisas in vitro, in vivo e clínicas, demonstrando potencial osteogênico e eficácia no tratamento de defeitos ósseos, o que constitui perspectiva promissora para técnicas regenerativas em Odontologia e Medicina.
Ainda é um desafio o desenvolvimento de carreadores para as células progenitoras, pois devem variar de acordo com a aplicação desejada. É estratégica a realização de estudos clínicos controlados e cegos a fim de avaliar o reparo ósseo, bem como o custo efetividade dos procedimentos de forma que os gestores em saúde possam tomar decisões informadas com base em evidências científicas.
Fonte de pesquisa: http://www.innovationsjournal.com.br/pdf/129.pdf
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